A noite tinha caído como um véu de noiva negro, eu estava andando pelo bosque, como fazia todas as noites depois que volto do trabalho, mas essa noite era uma noite especialmente diferente, não sei dizer exatamente o que, mas tinha algo de diferente nela, algo mais sombrio.
Continuei andando sem dar muita preocupação , com meu Ipod no bolso, ligado ao volume máximo para não cai no desespero do silencio da noite. Ando despreocupada, olhando para o chão e acompanhando a musica “My Heart” da banda Paramore, cantando bem alto para espantar o silencio.
Ando, ando, ando, e noto que algo esta errado, já deveria estar em casa há tempos, mas parece que o bosque me fez dar voltas e mais voltas. Estava perdida, não sabia mais onde estava. Estava à mercê da noite, sem rumo concreto, nem a musica no volume máximo conseguia me manter calma e concentrada. Entrei em desespero, comecei a suar frio, ter calafrios, a tremer. Não sabia ou certo o porquê desse desespero todo, passava por lá todos os santos dias, mas vai ver eu sabia, no meu inconsciente, que era uma noite diferente.
Escuto um grito, e logo após passos, lentos e pesarosos passos, à medida que eles ficavam mais altos, meus calafrios alimentam. Um vento frio sopra na minha nuca desprotegida, me encolho mais e mais no meu casaco. O vento cessa, os passos param, os calafrios acabam, tudo parece ter voltado ao normal, tirando a neblina que começava a se instalar ao meu redor.
Uma neblina densa e de cor leitosa, não conseguia ver nem á um palmo do meu nariz. Para piorar as coisas, meu Ipod para de tocar, tiro ele do bolso, sem bateria. Agora, estava sozinha, e sem meu único refugio para a sanidade.
Sigo em frente, para onde acho que é a direção certa, não tenho muita certeza disso, mas algo me dizia que se não me apresasse, algo iria dar errado. Começo andando, e sem me dar conta começo a correr, correr desesperada, como se algo estivesse atrás de mim. Escuto um barulho. Paro. Respiro fundo. Olho em volta. Não vejo nada. Continuo a correr.
Corro freneticamente, sem ao menos olhar uma vez para trás. Estava com medo, com muito medo, desesperada, diga-se de passagem.
Corro por entre as árvores e arbustos, entre a névoa e a neblina, entre o desespero e a solidão. Arranho-me toda, rasgo minhas roupas. Tropeço. Caio. Levanto. Continuo a correr.
À medida que corria, a névoa ficava mais densa e branca, como se fosse leite evaporado, uma névoa leitosa, como o leite branco, como se eu estivesse cega, como no livro “Ensaio sobre a cegueira”. Esse leite vai me deixando cega e desesperada, sem poder ver o que tinha há minha frente, não poderia me desviar de um obstáculo, muito menos dizer para onde estava indo.
Mais uma rajada de vento sopra fria e úmida, e com ela, os diversos sons da floresta. Fecho os olhos, tampo os ouvidos, e corro o mais rápido que posso, deixando para traz todo o medo e a apreensão.
De repente… Luzes, buzinas, vozes, latidos. Abro os olhos. Olho ao redor. Choro.
Meu sofrimento havia acabado, estava de volta à realidade.
No dia seguinte, pedi demissão, arranjei outro emprego perto da minha casa. Mas a coisa que mais me impressionou foi o noticiário das dez. Pelo que parece, um homem, de 24 anos tinha assassinado a ex-namorada naquele mesmo bosque. Fiquei me perguntando se minha noite de tormento tinha algo a ver com isso, mas acho que não… Será?
Continuei andando sem dar muita preocupação , com meu Ipod no bolso, ligado ao volume máximo para não cai no desespero do silencio da noite. Ando despreocupada, olhando para o chão e acompanhando a musica “My Heart” da banda Paramore, cantando bem alto para espantar o silencio.
Ando, ando, ando, e noto que algo esta errado, já deveria estar em casa há tempos, mas parece que o bosque me fez dar voltas e mais voltas. Estava perdida, não sabia mais onde estava. Estava à mercê da noite, sem rumo concreto, nem a musica no volume máximo conseguia me manter calma e concentrada. Entrei em desespero, comecei a suar frio, ter calafrios, a tremer. Não sabia ou certo o porquê desse desespero todo, passava por lá todos os santos dias, mas vai ver eu sabia, no meu inconsciente, que era uma noite diferente.
Escuto um grito, e logo após passos, lentos e pesarosos passos, à medida que eles ficavam mais altos, meus calafrios alimentam. Um vento frio sopra na minha nuca desprotegida, me encolho mais e mais no meu casaco. O vento cessa, os passos param, os calafrios acabam, tudo parece ter voltado ao normal, tirando a neblina que começava a se instalar ao meu redor.
Uma neblina densa e de cor leitosa, não conseguia ver nem á um palmo do meu nariz. Para piorar as coisas, meu Ipod para de tocar, tiro ele do bolso, sem bateria. Agora, estava sozinha, e sem meu único refugio para a sanidade.
Sigo em frente, para onde acho que é a direção certa, não tenho muita certeza disso, mas algo me dizia que se não me apresasse, algo iria dar errado. Começo andando, e sem me dar conta começo a correr, correr desesperada, como se algo estivesse atrás de mim. Escuto um barulho. Paro. Respiro fundo. Olho em volta. Não vejo nada. Continuo a correr.
Corro freneticamente, sem ao menos olhar uma vez para trás. Estava com medo, com muito medo, desesperada, diga-se de passagem.
Corro por entre as árvores e arbustos, entre a névoa e a neblina, entre o desespero e a solidão. Arranho-me toda, rasgo minhas roupas. Tropeço. Caio. Levanto. Continuo a correr.
À medida que corria, a névoa ficava mais densa e branca, como se fosse leite evaporado, uma névoa leitosa, como o leite branco, como se eu estivesse cega, como no livro “Ensaio sobre a cegueira”. Esse leite vai me deixando cega e desesperada, sem poder ver o que tinha há minha frente, não poderia me desviar de um obstáculo, muito menos dizer para onde estava indo.
Mais uma rajada de vento sopra fria e úmida, e com ela, os diversos sons da floresta. Fecho os olhos, tampo os ouvidos, e corro o mais rápido que posso, deixando para traz todo o medo e a apreensão.
De repente… Luzes, buzinas, vozes, latidos. Abro os olhos. Olho ao redor. Choro.
Meu sofrimento havia acabado, estava de volta à realidade.
No dia seguinte, pedi demissão, arranjei outro emprego perto da minha casa. Mas a coisa que mais me impressionou foi o noticiário das dez. Pelo que parece, um homem, de 24 anos tinha assassinado a ex-namorada naquele mesmo bosque. Fiquei me perguntando se minha noite de tormento tinha algo a ver com isso, mas acho que não… Será?
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