quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Finas gotas
Um texto inspirado na minha aula de criminologia, mais precisamente na aula em que falamos sobre Jack, o estripador (Jack, the ripper)
Ele era calmo e distante, com um olhar misterioso e enigmático. Ela estava deitada na cama, dormindo.
Ele retira a mão do espesso bolço do casaco, segurando um punhal entre os dedos. O punhal era feito de prata, com pedras preciosas encrustadas e detalhes em outro branco; a lamina brilhava á luz da lua, e com um rápido e preciso movimento, ela atravessa o peito da bela moça, penetrando diretamente no coração. Por um lapso de segundo uma atmosfera tensa se instala no ambiente. Os olhos da moça, que agora estavam abertos, encaravam os misteriosos olhos do homem.
Retirando o punhal cuidadosamente, para não prejudicar o corpo mais do que o necessário, ele começa a despir o corpo, começando pela blusa do pijama de mangas compridas. Ele começa a cortar a blusa delicadamente, para não acertar a pele por acidente. Ele retira o pedaço de pano cortado, deixando o peito o peito nu e branco da moça amostra. A próxima peça de roupa são as calças, que são de uma cos só, combinando perfeitamente com a estampa da blusa. Depois que a calça foi completamente retirada, e bela moça estava apenas vestindo sua adorável calcinha.
Ela tinha a pele branca e pálida, como se não estivesse se exposto ao sol nunca. Os cabelos longos, até a cintura, arem que um ruivo gritante, mas natural, e os olhos de um verde esmeralda.
Ele fecha todas as portas e janelas, tira seu sobretudo e seu chapéu, abre sua maleta e retira um bisturi. Com uma precisão apoia da fina lamina na pálida pele, e conforme a lamina deslizava pelo corpo, um fino filete de sangue ia emergindo, brilhando á luz da lua. Ele deslizou o bisturi por todo o seu corpo, e por fim, chegou ao pulso, onde um fino filete de sangue escoria por seus dedos, formando uma ligeira goteira, que caia diretamente em um frasco. O frasco era feito de um cristal transparente e reluzente, com uma lapidação incrível.
Alguns segundos se passaram, ou até minutos, até que o frasco estivesse cheio com o liquido vermelho reluzente. Tampando o frasco com uma tampa que era tão majestosa quanto, e o colocando em uma pequena caixa aveludada por dentro.
Ele recolhe todo o seu aparato, e leva com si o frasco, deixando a bela moça que agora não passava de um corpo morto, pois sua essência vital estava agora dentro de um pequeno frasco, em alguma prateleira de algum lugar desconhecido pelo mundo, exceto pelo homem com o olhar gélido e misterioso, mas agora com um ligeiro sorriso de satisfação no canto da boca.
Viver a vida
Novas experiências podem ser tanto tentadoras como assustadoras, elevando a adrenalina ao máximo, o suor escorrendo pela testa, deixando aquele gosto salgado nos lábios, a tensão nas mãos e braços, fazendo com que os dedos se fechem na palma da mão, os pés firmes ao chão, temerosos, mas ansiosos para dar o próximo passo, para passar essa barreira e seguir em frente, deixar para traz todos os medos preocupações, todas as aflições, as angustias, e apenas seguir em frente para descobrir novos lugares, passar por novas aventuras, enfrentar novos problemas, descobrir novas emoções… Em fim, ansiosos para viver a vida; E o que é viver a vida sem um tombo ou outro, sem um machucado, um corte?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Discurso de fechamento
“Olá, e boa noite a todos.
Estou aqui, hoje, para dar-vos um comunicado muito importante; o fechamento de um subsetor da fabrica ‘coração’.
Receio em dizer, mas os serviços das sinapses, impulsos nervosos e hormônios responsáveis pelo subsetor da paixão não serão mais requisitados.
Essa drástica medida provem de uma forte decepção com o mercado externo em relação ao produto “paixão”.
…
E sem mais delongas, é com isso que fecho oficialmente o subsetor da fabrica.
Obrigada por sua atenção.
Boa noite.”
Estou aqui, hoje, para dar-vos um comunicado muito importante; o fechamento de um subsetor da fabrica ‘coração’.
Receio em dizer, mas os serviços das sinapses, impulsos nervosos e hormônios responsáveis pelo subsetor da paixão não serão mais requisitados.
Essa drástica medida provem de uma forte decepção com o mercado externo em relação ao produto “paixão”.
…
E sem mais delongas, é com isso que fecho oficialmente o subsetor da fabrica.
Obrigada por sua atenção.
Boa noite.”
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Álbum de fotografia
O álbum de fotografia é uma espécie de geladeira de história. Nele, armazenamos imperecíveis, as imagens do nosso tempo. Guardo na mente um álbum do Brasil dos últimos anos. Ao folheá-lo, deparei com duas fotografias marcantes.
A primeira é uma fotografia alegre, que esbanja felicidade. As ruas pintadas de amarelo e verde, as casas de azul e vermelho, e o coração de amor e alegria.
A foto de uma época de luz e prosperidade, onde o que importa é a diversão e a alegria. Carros alegóricos invadindo a avenida, passista dançando e balançando os adornos de suas roupas.
Meu coração se enche de alegria ao rever essa fotografia, me lembrando dos bons momentos que passei no ultimo carnaval. Mas essas boas lembranças logo são substituídas por lembranças obscuras quando viro a página do meu álbum, e me deparo com uma foto que demonstra nada mais do que medo e desespero. Uma foto de uma tragédia sem tamanho.
A foto retrata o massacre do Rio de Janeiro, onde um ex-aluno entro na escola armado e saiu atirando contra os alunos. No final dessa tragédia, foram 11 os alunos que perderam suas vidas.
É uma pena que um álbum de fotografias de um pais tão belo e cheio de vida tenha uma foto tão triste.
A primeira é uma fotografia alegre, que esbanja felicidade. As ruas pintadas de amarelo e verde, as casas de azul e vermelho, e o coração de amor e alegria.
A foto de uma época de luz e prosperidade, onde o que importa é a diversão e a alegria. Carros alegóricos invadindo a avenida, passista dançando e balançando os adornos de suas roupas.
Meu coração se enche de alegria ao rever essa fotografia, me lembrando dos bons momentos que passei no ultimo carnaval. Mas essas boas lembranças logo são substituídas por lembranças obscuras quando viro a página do meu álbum, e me deparo com uma foto que demonstra nada mais do que medo e desespero. Uma foto de uma tragédia sem tamanho.
A foto retrata o massacre do Rio de Janeiro, onde um ex-aluno entro na escola armado e saiu atirando contra os alunos. No final dessa tragédia, foram 11 os alunos que perderam suas vidas.
É uma pena que um álbum de fotografias de um pais tão belo e cheio de vida tenha uma foto tão triste.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Memories
You can steal my clothes, my electronics, my phone, my computer, but the only thing you can not rob from me are my memories I have with those who I love, or my happiness
Gianna Maestri Martina Hr Maria Clara Poggio Luiza Gelbcke Luiza Strazzer Bárbara Vieira Santiago Escalante Perez Claudia Cerqueira Cesar Ottoni Julia OttoniEduardo Ottoni
domingo, 10 de julho de 2011
Entre quatro paredes
Sai para dar uma volta, outro dia, e notei uma coisa. Fazia um tempo glorioso – Melhor impossível, e com toda probabilidade o último a se ver por estas bandas durante muitos meses gelados -, no entanto quase todos os carros que passavam estavam com os vidros fechados.
(parcial: BRYSON, Bill. Crônicas de um país grande).
Perplexa, continuo andando pela longa avenida, pesando no grande desperdício que tinha sido o lindo dia ensolarado. Na próxima esquina, olho para a vitrine e vejo o que estava procurando, um lindo par de sapatos de salto. Entro na loja para provar. Enquanto estou esperando a atendente aparecer com o par de sapatos do meu tamanho- algo difícil de acontecer, pois o meu numero é o primeiro que acaba- escuto duas mulheres conversando no balcão.
Discretamente levanto e vou para mais perto do balcão, onde posso escutar a conversa melhor, e finjo que estrou olhando um lindo par de saltos cor-de-rosa com brilhos e lantejoulas –o sapato dos maus pesadelos- e vejo que as moças estão falando de uma onda de assaltos a mão armada na avenida. Tentei chegar mais perto, mas felizmente a atendente aparece o meu sapato, e sou obrigada a me retirar de meu posto expiatório para provar o sapato. Saio da loja satisfeita com o sapato, mais angustiada para saber do resto da conversa que as mulheres estavam tendo, mas me contendo apenas com o sapato.
Chego em casa e vou direto para o computador, para ver se encontro algo sobre essa onda de assaltos nas avenida, e o que encontrei foi uma matéria falando de dois assaltos a mão armada me uma avenida no Líbano. “Nossa, grande onda de assaltos”, pensei, será que era por isso que as pessoas estavam todas com os vidros fechados hoje?
Vou ver um pouco de tv, e quando coloco no jornal e lá estava, uma enorme matéria falando do quão perigoso é andar com as janelas do carro abertas nessa nova onda de assaltos. Fico impressionada com o sensacionalismo que a mídia criou, isolando as pessoas nos seus carros e casas cada vez mais, para cada vez mais poderem aliena-las.
No dia seguinte vou de carro até um restaurante que ficava do outro lado da cidade, e como não estava um dia tão feio, decidi quebrar com paradigma e abrir o vidro do carro. De início não foi lá grande coisa, mas quando parei no semáforo, ai sim virou notícia de jornal:
“Hoje, uma mulher de aproximada mente 35 anos de idade foi vitima de um assalto a mão armada na avenida mais movimentada da cidade, infelizmente a mulher resistiu ao assalto e acabou sendo baleada. Ela se encontra no hospital, em coma, mas não corre risco de vida”.
Irônico, não?
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