“Ser ou não ser, eis a questão”, ou seria “Ter ou não ter, eis a questão”?
Hoje me dia, não importa mais o que a pessoa é, e sim o que ela tem. A sociedade se tornou tão consumista que a questão do “ser” para um indivíduo se tornou tão banal como comprar um celular novo. A importância do “ser” se perdeu com o tempo, em meio a guerras econômicas e de poder, e isso foi tão grave, que hoje em dia uma pessoa é pelo que ela tem em material, e não em conteúdo.
Hoje, é muito mais fácil uma pessoa subir em um palco e relatar e mostrar todas as suas fortunas matérias, como casas, apartamentos e aparelhos eletrônicos, ou ainda apenas pelo celular, do que subir em um palco e falar tudo o que se tem de conhecimento, todas as suas fortunas não materiais.
Isso aconteceu, pois a sociedade fechou os olhos das pessoas para esse enorme problema, onde o “ser” não é nada mais do que algo que se tem.
Os indivíduos viraram bonecos nas mãos dos produtos, compulsivos e obsessivos pela aparência externa, pelo brilho dos diamantes, que são banhados em sangue escravos, tornando-se mais brilhante ainda, aos olhos de nossas mascaras. E cada vez mais as mascaras se tornam confortáveis para nós, pois é muito mais fácil ser julgado e julgas pelo que se tem.
Ter e não ser, essa é a questão.
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